Nossa forma de pensar e estar em Sociedade
A ICOH (Igreja Católica Ortodoxa Hispânica) foi
fundada para a propagação do Cristianismo em toda a Península
Ibérica, e com possíveis ramificações em outros
países e continentes, que se separa de todas as Igrejas Institucionais
existentes que, pelos muitos erros, que algumas têm cometido ao longo
dos anos, quase desde o momento em que nasceram, trocando em muitos momentos
a beleza dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, na sua simplicidade,
humildade, pobreza e amor ao próximo, por uma instituição
altamente ditatorial e intolerante, onde impera a pompa e o absolutismo, com
o prejuízo do verdadeiro Cristianismo, que se encontra nos humildes,
nos operários, nas prostitutas e prostitutos, nos doentes, nos marginalizados,
discriminados e mal amados por esta sociedade injusta e imoral, verdadeiros
e legítimos representantes de Jesus Cristo, o Profeta de Nazaré,
Filho Unigénito de Deus.
A ICOH tem por estrutura os ensinamentos bíblicos do Antigo e Novo Testamento.
A ICOH nasce como as Igrejas dos primeiros séculos do Cristianismo,
que eram nada mais do que Igrejas Nacionais, que viviam e se desenvolviam com
autonomia completa, sem vassalagem ao Bispo
de Roma ou ao Patriarca de Constantinopla,
ou a qualquer outro Patriarca, Metropolita, Arcebispo ou Primaz. Como escreveu
Tertuliano: "As nossas numerosas Igrejas reputam-se todas à mesma
Igreja, a primeira de todas fundada pelos Santos Apóstolos de Jesus
Cristo e Mãe de todas as demais. São todas apostólicas
e, juntas, não vêem a ser mais do que uma só, pela comunicação
da paz, pelo mútuo tratamento de irmãos, pelos vínculos
de hospitalidade que unem a todos os fiéis".
A ICOH e os seus membros de pleno direito, firmam-se e crescem na sua fé em
Jesus Cristo, sem medo de "falsas excomunhões" e de "condenações
sem fim", por parte de alguns dos seus irmãos na mesma fé em
Cristo Jesus, que ainda se deliciam em usar em pleno séc. XX, a arma
unicamente política da Idade Média, esquecendo-se totalmente
da "Carta Magna Evangélica" do Sermão da Montanha.
Nascemos pela nossa fé em Cristo e na certeza de que somos filhos de
Deus e que como tal desejamos viver, crescer e morrer, sem medo que nos vomitem
o seu ódio, por não continuarmos submetidos á sua vontade
e à sua ditadura anti-cristã, déspota e discriminatória.
A ICOH nasce com a certeza de que toda a espécie de fraqueza, miséria,
humildemente reconhecida e confessada, atrairá sobre a Santa Igreja
a compaixão e a misericórdia de Deus, ao passo que o orgulho
excitará à indignação e condenação
de Deus.
Acreditamos firmemente que não é possível que o mundo
leve a sério as organizações de falsários e mistificadores
que, século após século, vêm mentindo e enganando
os cristãos e a humanidade. O sangue dos nossos irmãos, não
permite que os cristãos e a humanidade sejam sufocados constantemente,
acorrentados e aprisionados por homens que representam no momento os sacerdotes
da Antiga Lei, os mesmos da crucifixão de Jesus Cristo. Aqueles que
foram redimidos por Cristo Jesus e nos redimiram com o seu sangue nos campos
de combate, vítimas daqueles que se diziam representantes de Jesus Cristo
na terra, não permitem que sejamos covardes numa hora destas, que devemos
restaurar a nossa Fé Católica Ortodoxa.
Acreditamos que as instituições humanas e "divinas" que
nos condenam, acusam e excomungam, assim procedem porque os seus representantes,
os hierarcas e chefes máximos, papas e primazes, têm vindo a colocar
através dos séculos os seus interesses pessoais, políticos
e sobretudo económicos, acima dos interesses da comunidade cristã e
dos cidadãos em geral, colocando-se como déspotas e autocratas,
seguindo uma postura e comportamento, em tudo contrário aos ensinamentos
de Jesus, de quem se intitulam únicos representantes e vigários.
A Igreja de Cristo não é dirigida por homens que se esquecem
do carácter sobrenatural da sua missão na terra, e muito menos
por aqueles que afirmam nas Eucaristias que os dons de Deus são distribuídos
consoante o dinheiro que é oferecido á Igreja. Os dons de Deus
não se vendem.
Acreditamos que a Igreja de Jesus Cristo na terra, não pode ser uma
Igreja do poder e do domínio, da burocracia e da discriminação,
da marginalização, da repressão e da inquisição.
Acreditamos que a aliança de Deus com os homens, os pobres e os humildes,
está em contradição com a arrogância, de qualquer
espécie de poder que condena e elimina o inocente porque é incómodo.
Acreditamos e temos consciência de que, os originais, os espontâneos,
os não conformistas, os inflexíveis perante as humilhações,
os lineares e indomáveis capazes de desmascarar compromissos sibilinos
e condicionamentos opressores, oportunismos indignos e servilismos despropositados,
ficam por vezes isolados, são progressivamente marginalizados, e depois
descredibilizados, expulsos e escarnecidos, suspeitos e obrigados a sofrer
inúmeras frustrações com origem em atordoadas e insinuações
gravosas cozinhadas nas suas costas.
Acreditamos que a unidade do Espírito Santo exige não a uniformidade,
mas a diversidade, permanecendo cada um com a sua própria personalidade
em benefício de todos. Na dinâmica desta troca se constrói
e cresce a Santa Igreja de Jesus Cristo para proveito comum.
Acreditamos que a moral não é uma coisa estática; é um
processo no qual valores passados são testados de novo, postos à prova
em contextos de vida diferentes. Por vezes, estes valores éticos são
repensados à luz da experiência de vida contemporânea, revelam-se
como não plenamente adequados e por conseguinte, carecem de ser re-adaptados à autenticidade
da mensagem de Cristo que, não sendo nunca estática, é sempre
e sempre, original.
Acreditamos plenamente no que afirma São Bernardo, quando escreve: "o
zelo de muitos e muitos eclesiásticos serve apenas para garantir o seu
lugar. Tudo é feito em razão da carreira, nada ou bem pouco em
função da santidade. Se quisesse tentar evitar redundâncias
e ser mais directo dizia: «Por favor, isto não é conveniente,
não está conforme aos tempos, não é adequado à vossa
grandeza; tende em conta a dignidade da vossa própria pessoa»."
Acreditamos que com muitos prelados e sacerdotes das várias igrejas
e comunidades eclesiais, acontece por uma fraqueza não confessada, o
belo despertar mais benevolência e predilecção do que o
honesto. Percebe-se lá no fundo e quase sempre, um pouco de efebismo
em certas simpatias dos superiores. O subalterno toma consciência dessa
prerrogativa logo ao ser recrutado e serve-se dela fazendo-a crescer para benefício
próprio.
Acreditamos que o eco do grito dos decapitados não se faz ouvir atrás
dos patriarcas e primazes perturbando os castos ouvidos dos protectores cínicos,
astutos, oportunistas, déspotas e inquisidores.
Extracto da Acta de Fundação da ICOH
Arcebispo Primaz Katholikos
S.B. Dom ++ Paulo Jorge de Laureano – Vieira y Saragoça
(Mar Alexander I da Hispânea)
Última actualização deste
Link em 01 de Outubro
de 2011